quarta-feira, 17 de abril de 2013

ANATOMIA TOPOGRÁFICA - O TÓRAX


O Tórax

A pele apresenta-se solta nas laterais da cavidade torácica e mais aderida no esterno e vértebras exceto cernelha é utilizada para a aplicação de medicamentos subcutâneos.

Regiões do tórax

As delimitações do tórax são constituídas pela parede dorsal tórax no qual são formadas pelas vértebras torácicas, as Paredes laterais do tórax ( E e D) são formados por músculos (intercostais externos, internos, músculo grande dorsal, e músculo cutâneo do tronco). A parede ventral tórax ( número 8) é formada pelo esterno, cartilagens costais, músculos peitorais e músculo transverso do tórax.A parede caudal do tórax é formada pelo músculo diafragma (número 10)  possui as porções tendinosa e muscular. Possui uma abertura cranial  por onde atravessam estruturas importantes, como artérias, veias, esôfago. (hiato esofágico, e a abertura dos grandes vasos).

Conformação e anatomia superficial

Possui uma conformação variada dependendo da espécie. É possível palpar algumas estruturas o ângulo cranial da escápula nos fornece o limite do processo espinhoso T1 ele é coincidente com a primeira vértebra torácica, o ângulo caudal fica lateral a T4 e T5 que se for observado entre as duas estruturas vai ser encontrado os limites finais da Intumescência Cervical.


Na articulação escapulo umeral, no caso do ombro, fica oposto a extremidade distal ou borda caudal ou colo da primeira costela que ao ser observado a porção acromial da escápula está em cima do limite caudal da primeira costela que delimita externamente o início da cavidade torácica. Ou seja, o limite cranial do acrômio da escapula demonstra efetivamente o início externamente das primeiras costelas, limite reconhecido de estrutura de membro torácico.





O músculo grande dorsal (nº 12) faz a união do cinturão escapular junto ao tríceps braquial (nº 13 e 14) e parte da musculatura do serrátil. (nº25)  Esses ventres musculares estão na região onde faz a auscutação. Essa prática fica geralmente restrita basicamente nos dois terços caudais da região torácica, em pequenos animais há a facilidade que se consegue auscutar melhor na região ventral da axila.

A região do olécrano ou o cotovelo está nas proximidades do 5º EI, nesta localidade está a batida de ponta do coração, ictus cortis, se tem um ponto de referência da localização da porção apical do coração.


A caixa torácica é formada por esterno, costelas e vértebras torácicas a caracterização dessa região é a presença dos processos espinhosos longos apoiados por uma massa muscular lateralmente e profunda em especial pelos ventres dos músculos longíssimos do tórax, (nº 3 figura abaixo) na região mais superficial apresenta-se os músculos serrátil do tórax e depois o músculo grande dorsal.


Outra estrutura que ajuda na integridade da coluna vertebral em especial na região de tórax é a presença do ligamento longitudinal ventral, esse ligamento é estendido até as duas últimas vértebras torácicas e na transição entre as vértebras lombares ele deixa de existir. A região torácica possui diversos ligamentos que mantêm a firmeza desta região, são os ligamentos transversos e ligamentos costovertebrais.Essas estruturas ligamentárias dão suporte ao tórax, limitam a movimentação e ainda conferem a rigidez a esta região contra impactos, tanto que os órgãos que estão nessa região tendem a sofrer menos impactos em acidentes, o que não se observa na cavidade abdominal. As luxações ocorrem em menor frequência no tórax que em região abdominal devido aos diversos ligamentos contidos nessa região.










Costelas e esterno

O número de costelas são variáveis ao número de vértebras torácicas. Cada espécie possui uma quantidade de vértebras torácicas, o cão e os suínos possuem 13 VT, ruminantes 14 VT, e equinos 18 VT correspondendo ao número de costelas.

Não se pode confundir costelas flutuantes com costelas falsas, as costelas flutuantes são as costelas que não apresentam qualquer tipo de ligação com o esterno, as costelas falsas são costelas em que existe a formação costal e a sua união desta ao esterno é feita por cartilagem através do arco cartilaginoso costal.As primeiras costelas possuem um formato mais reto e em sentido craniocaudal elas vão se arqueando formando um arcabouço, essas estruturas são em mesmo número de Vértebras Torácicas. As primeiras costelas são semelhantes entre si.Na borda caudal das costelas apresentam um sulco denominado de sulco costal, essa estrutura é importante na abertura de tórax, é pouco comum, mas caso haja necessidade não se deve aprofundar a incisura no bordo caudal da costela, pois nesse bordo caudal do sulco costal corre estruturas importantes como artérias intercostais, veias intercostais e nervos intercostais.


Esterno


É formado por esternébras que são estruturas cilíndricas e delgadas com pouca quantidade de tecido compacto externamente, todo animal possui cerca de oito esternébras, é um osso bastante superficial considerado um osso subcutâneo principalmente na crista média do esterno onde não existe cobertura muscular.Na musculatura excêntrica do tórax, temos como exemplos os músculos peitorais superficiais, se inserem paralelamente a crista mediana do esterno, a crista mediana é superficial e palpável em todos os animais, no caso de equinos essa crista é muito evidente, clinicamente esse osso é importante na produção de células sanguíneas pela medula óssea vermelha, o esterno é uma estrutura que tem sua importância na punção de medula óssea devido a sua superficialidade e ainda pouca quantidade de tecido compacto. É importante a cautela no procedimento de punção de medula nesta região, visto que se encontra apoiado no esterno a porção apical do coração, e algumas estruturas como o ligamento frênico pericárdio e esternopericárdio nos cães. Há a possibilidade da transfixação da agulha até o coração podendo gerar uma complicação no procedimento de punção de medula nessa região. Musculatura da camada superficial


A musculatura que recobre o tórax tem mais relação com o membro torácico que com o tórax, a maior parte dela está relacionada com o cinturão escapular, como por exemplo, a cobertura dorsal feita pelo músculo trapézio ( nº 10 porção cervical, nº 11 porção torácica), cobertura lateral feito pelo músculo grande dorsal, (nº 15) os músculos intrínsecos do membro torácico como tríceps braquial nº 17 cabeça lateral e  16 cabeça média), deltoide, omotransverso, braquicefalico (nº 4 e 5) , escaleno, quadrado e intercostal e na porção dorsal os músculos serráteis. Quase todo o tórax é desprovido de musculaturas na remoção de membro torácico.


As estruturas que se identificam na remoção do membro torácico são representadas pelo músculo grande dorsal, subescapular mais profundo, músculo serrátil na porção torácica, músculo escaleno, quadrado do tórax e parte do músculo longuíssimo do pescoço.

A remoção do membro torácico evidencia a traqueia, e numa vista pelo lado esquerdo, o esôfago. Ataques a abscessos podem comprometer órgãos dessa região.

Caudal ao membro pela remoção da pele do tórax evidencia uma grande fáscia muscular ou fáscia toracolombar, que da origem ao músculo oblíquo abdominal externo e tem como ponto de inserção as oito últimas costelas em todas as espécies. Essas últimas costelas servem como ponto de inserção da musculatura do abdômen que possuem origem na aponeurose do músculo reto abdominal e recobre formando a parede abdominal.
 O músculo reto do abdômen se insere no esterno fazendo então uma cobertura de parte mais ventral das costelas.



Na porção torácica ao remover a pele e músculo cutâneo põe em evidência a porção torácica do músculo trapézio (principal músculo responsável pela fixação da escápula e consequentemente o membro anterior ao tórax) observa-se ainda a borda caudal do trapézio sob o músculo grande dorsal, na remoção do trapézio e grande dorsal expõe-se os fascículos dos músculos serráteis do tórax, reto do tórax e abdômem, e uma pequena porção do músculo obliquo abdominal externo. E na remoção dos fascículos do músculo serrátil, evidencia os músculos intercostais externos e imediatamente abaixo deste encontra-se o músculo intercostal interno.




Diafragma

É um órgão muscular dividido em duas porções com estruturas inerentes a qualquer estrutura muscular, vai apresentar uma porção muscular (nº 1, 2, 3 4) e uma porção tendínea (nº5, 5')é um músculo que tem origem de duas estruturas musculares volumosas denominadas de pilares diafragmáticos( nº 1, 2) e tem como ponto de origem ou ponto de fixação os corpos vertebrais das primeiras vértebras lombares (nº 14) visível no teto da cavidade torácica ou teto do tronco.


Internamente toda sua borda é fixada na face medial das costelas no sentido oblíquo, não é fixado no corpo das costelas e sim na porção mais distal da face medial das costelas acompanhado a arcada costal ou arco costal que é a divisão entre o tórax e abdômen, essa região encontra-se de forma convexa dentro do tórax até a 6ª ou 7ª costela.

O diafragma não é considerado um órgão e sim uma estrutura musculoesquelética e possui uma relação íntima com o sistema respiratório, pois parte da força motriz deste sistema advém do diafragma. Possui uma relação íntima com as vísceras da cavidade abdominal e relações com os grandes vasos que os oferece suporte. No caso de vísceras o diafragma oferece suporte através do ligamento do fígado e ligamento falciforme. O diafragma dá suporte ao esôfago (nº 8), principalmente a veia cava caudal (nº10) e por entre os pilares do diafragma passa a Artéria Aorta.(nº 6). 


A cúpula diafragmática fica em torno da sexta ou sétima costela e serve como ponto delimitação da cavidade torácica e abdominal. Nas porções laterais existe um espaço denominado de recesso diafragmático em ambos os lados possuem uma extensão ou colo da margem caudal dos pulmões.

A margem caudal do lobo pulmonar se estende até esses recessos. Numa imagem radiográfica essa região aparece bastante pontiaguda, quando há alteração nesta por alguma doença, por exemplo, líquidos que deveriam ser residual ocupa essa cavidade que deveria ser ocupada pelos pulmões. 
Esse espaço deve estar vazio para que esse órgão possa fazer a movimentação de expiração e inspiração para encher-se de ar, caso isso não ocorra o animal apresenta dificuldades de respiração. A entrada de liquidos nesse recesso pulmonar é chamada de efusão pleural, essa patologia causa deformidade no recesso que pode ser observada, por exemplo, em raios x.
Retomando, o diafragma possui uma abertura mais dorsal entre os pilares diafragmáticos na região de hiato esofágico por onde passar a Aa aorta e o esôfago e na região tendínea voltada para o lado direito a abertura da veia cava caudal.

Pleura e Mediastino


Em termos de cavidade torácica onde estão encarceradas as vísceras, observa a presença de uma camada de tecido epitelial denominada de pleura, que reveste a parede da caixa torácica, quanto as vísceras dessa cavidade. O espaço entre esse tecido é chamado de espaço pleural. No teto da cavidade torácica essa camada de tecido se reverte e passa a revestir as vísceras. A pleura que reveste a cavidade pela parede e chamada de pleura parietal e o tecido que reveste as vísceras é chamada de pleura visceral, esse mesmo tecido reveste o coração e é chamado de pericárdio. 

4 comentários:

  1. acho que tem que ser mais claro tipo;
    cranial x caudal x dorsal x e ventral x

    ResponderExcluir
  2. alguém tem como mim passar essa informação.
    topografia do torax

    ResponderExcluir
  3. FONTE? De onde foram tiradas essas informações?

    ResponderExcluir